Olá, Daiany por aqui! Tudo bem com você?
Hoje quero falar com você sobre seus hábitos de estudo musical. Você está satisfeito com o seu estudo musical? Se você me respondeu que não, esse texto é para você. Na nossa conversa de hoje vou te dar algumas dicas de como mudar isso e implementar no seu dia-a-dia o hábito de estudar música do jeito certo. Vamos lá?
Primeiro, é importante lembrar que nós somos uma “máquina de hábitos”. Nosso cérebro é programado para agir por hábito, algo que está automatizado. Acontece que, como por instinto, o cérebro não gosta de aprender novos hábitos porque isso o mantém poupando suas energias. De tal forma, inserir um novo hábito na nossa vida gasta mais energia e exige esforço. E aprender uma nova forma de estudar música diariamente, é adquirir um novo hábito. O que acontece é que com o passar do tempo simplesmente vamos para o caminho do menor esforço, que gasta menos energia. Por isso não é de se admirar que sempre voltamos para os velhos hábitos, porque isso gasta menos energia.
Portanto, precisamos aprender a fazer do nosso sistema nervoso um aliado e não um inimigo – se quisermos ter uma mudança duradoura. Para conseguir isso, a frequência da repetição é fundamental, até que esta nova forma de estudo se torne a única e natural, até porque existe uma plasticidade neural (estruturas e caminhos do cérebro que são flexíveis e elásticos), que se moldam a um novo aprendizado pela frequência e repetição dele. Então qual é a solução? Precisamos redirecionar nosso caminho, colocar aquele novo hábito que queremos desenvolver no caminho do hábito antigo. Como aplicar isso nos nossos estudos musicais? Veja algumas dicas.
Se você procrastina na hora de estudar, sempre deixando pra depois, tente já deixar o seu cantinho de estudo pronto, seus materiais preparados, seu instrumento afinado e fora da case (se for possível). Crie um ambiente físico gostoso e que te convide a estar nele, que seja seu, que tenha a sua cara, o seu cheiro, e que você se sinta bem nele. Porque ter que arrumar tudo, todo dia, pra conseguir começar a estudar, mover móveis, montar os instrumentos, caçar os livros, pedir licença para os familiares, enfim… isso tudo desanima e dificulta seu hábito de simplesmente chegar e começar a estudar. Torne este momento de fácil acesso.
Se você se irrita durante o estudo musical, começa a ficar impaciente por não estar conseguindo, pense que é preciso começar a ter mais clareza das metas de estudo de cada música. Não vamos aprender tudo, de uma única vez, em um único dia. São pequenos passos e avanços diários e você precisa ter clareza deles, pra ter metas já pré-estabelecidas do que você está buscando alcançar naquele dia, naquela música. Ou seja, sente-se ao instrumento sabendo qual deve ser o seu trabalho com ele hoje.
Se você esquece de praticar uma ou outra música, e fica sempre tocando aquele mesmo repertório que você já é bom, e portanto, não avança e não muda para peças mais difíceis, procure deixar a partitura, ou cifra, ou mesmo o áudio desta música (que você precisa ouvir) já na estante, na mesinha ao lado, na pasta, enfim, próximo de você. Aprenda a organizar seu material de estudo. Isso é essencial para que você tenha avanços reais e gradativos, e que não se iluda com a ideia de que de um dia para o outro você já vai conseguir tocar aquela música X que você lembrou, e que é muito legal, e que está tocando por aí, e daí você pega ela na hora e vai estudar – sem ter noção se ela era para ser estudada neste momento, se está passando a “carroça na frente dos bois” ou não, se ela é possível de ser praticada agora ou se você só vai se frustrar (não pela sua falta de talento musical, mas sim, por não estar consciente do processo gradativo que está percorrendo). Ou seja, se você já deixar tudo preparado, isso aumentará a sua produtividade.
Outra dica é: mude a sua maneira de estudar. Não fique apenas repetindo ciclicamente, como um “estudo papagaio”. Experimente deixar apenas o material da parte de estudo que corresponde à sua meta daquele dia. Depois anote a sua meta do dia seguinte e já deixe tudo preparado. Precisamos reduzir a energia de ativação para os hábitos que se deseja adotar (para começar algo novo), e aumentá-la para os hábitos de que deseja evitar, entende?
Espero que esse texto de hoje possa te ajudar de alguma maneira! Além disso, também gravei uma vídeo aula que fala sobre este tema. Vou deixar o link aqui porque acredito que você também gostará dela. Depois, não esqueça de comentar a sua opinião lá no vídeo, e de enviar para seus amigos. Segue o link:
Por hoje é só, até mais!