É assim que eu estudo música, e que ensino meus alunos a estudarem.

Olá, como você está? Daiany por aqui!

Hoje eu quero dividir com você algumas dicas de estudo musical. Quero compartilhá-las com você porque são atitudes muito úteis para incorporar em nosso estudo musical e que dão resultado. Muitos dos meus alunos fazem isso e já percebem mudanças no seu estudo musical e eu quero que isso também aconteça com você. Então, vamos lá?

Primeiro de tudo, quero começar falando sobre o lugar onde você pratica seu instrumento. Você tem um cantinho reservado para isso? Saiba que isso pode parecer um mero detalhe, já que dependendo do instrumento, a gente pode estudar em qualquer lugar (e é verdade); mas ter um cantinho nosso, da música, é um cuidado que merece ser observado. E eu até me arrisco a te aconselhar: se você ainda não tem esse cantinho, comece a pensar em conquistá-lo. Sabe porquê? Ter esse espaço reservado pra gente chegar e estudar, nos ajuda a remover barreiras de distrações. Nós precisamos ter concentração e foco durante o estudo musical. Se ficamos a olhar no celular, ou a ouvir pessoas conversando, ou ouvindo barulhos, dificilmente conseguimos focar e realmente analisar nosso som. Começamos a negligenciar aspectos musicais que são muito importantes – por não estar completamente imerso em uma ambiente de foco e concentração musical. Entende?

Outro aspecto importante: você pega seu instrumento para tocar já sabendo o que praticar naquele dia? Saiba que não devemos querer estudar tudo o que estamos aprendendo (de forma completa e integral) em um único dia, nem tampouco, apenas ficar estudando “o que dá”, sem estabelecer um caminho de avanço do nosso repertório. Por isso, minha dica pra você é: divida o estudo em partes. Uma sugestão de divisão pode ser essa: (1) aquecimento – com exercícios técnicos específico; (2) metas de avanço musical – trabalhadas em repertórios (músicas e estudos) que ainda estamos lapidando e melhorando; (3) peças novas – iniciando outras músicas ou estudos, em pequenas partes, e assim aumentando nosso repertório; (4) manutenção – ou seja, repasse e revisão de músicas que já aprendemos a tocar e que não queremos esquecer, mantendo-as sempre na ponto dos dedos e da memória. 

Todo estudo musical deve ter momentos diferentes. Nesta ideia, comece aquecendo com exercícios de técnica pura, como escalas por exemplo, nada que seja tecnicamente difícil ou desafiador para você, mas algo que você já aprendeu e te ajudará a aquecer os dedos. O próximo momento do seu estudo deve ser passar por aquele repertório que você já começou a estudar mas que ainda não está 100% e trabalhar nele. O terceiro momento de seu estudo será para um trecho de uma música (ou exercício técnico) nova. E por último, para fechar seu estudo musical, toque algo que você curte, que você já sabe, mantenha seu repertório, sem precisar pensar muito, apenas relaxando sua mente. 

Essa é apenas uma sugestão, mas ela pode te ajudar a aprender a gerenciar seu tempo de estudo, tanto no que se refere à sua duração total, quanto à distribuição interna do tempo para cada coisa. Por exemplo, se um repertório exige mais dedicação, deixamos para ele um tempo maior de estudo, enquanto para os exercícios de aquecimento, podemos deixar um tempo menor naquele dia. E, claro, muitas vezes seja necessário fazer reajustes nesses tempos, já que as metas para cada repertório vão diminuindo conforme passam-se os dias. Ou seja, você muda esse tempo ora estabelecido, e mira em novas metas a serem alcançadas.  Percebeu porque você precisa ter clareza de seu repertório e saber o que você vai praticar no seu tempo de estudo?

Aliás, aqui vem uma terceira dica (essencial): é importante analisar cada música do nosso repertório de prática. Veja o que é necessário dominar musicalmente ali naquela música, por exemplo, o tipo de compasso, células rítmicas, vozes, coordenação motora… E para isso é essencial que você expanda seu conhecimento musical. Se você não tiver conhecimento musical, não vai conseguir fazer essa análise, não vai entender plenamente aquela música que você está tocando. Por isso eu sempre falo da importância de entender música de maneira mais aprofundada. Se você não nutre sua habilidade musical, você evolui muito devagar, porque não consegue saber como estudar seu instrumento em casa, de forma melhor, sem ficar passando nervoso e brigando diariamente com as músicas e o instrumento.

Por isso, lembre sempre que estudar música é estudar o instrumento e estudar a linguagem da música. Cuide das duas áreas. Uma sem a outra vai te deixar sem saber direito como avançar – e não é na aula, uma vez por semana, com o seu professor, que a situação vai mudar. Você tem muito mais tempo em casa, sozinho, para conquistar conhecimento musical, do que em apenas 1 hora de aula com ele. Pense nisso. Busque conhecimento musical em paralelo, e veja isso aflorar e te socorrer na hora que estiver sentado pra estudar. Os resultados aparecerão. E você perceberá!

Por hoje é só! Espero que tenha gostado das dicas, e coloque em prática – o quanto antes. Porque eu quero te ver tocando cada vez melhor. 

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Daiany Dezembro

Pianista, cantora e educadora musical
especialista em iniciação e desenvolvimento musical

Olá, meu nome é Daiany Dezembro. Eu sou criadora do Canal Posso Tocar e hoje eu ajudo as pessoas à destravarem na música, sem sofrer para ler partitura, tirar música de ouvido e dominar a harmonia musical!

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