É isso que te falta para conseguir ler partitura.

Olá, Daiany mais uma vez por aqui! Tudo certinho com você?

Hoje eu quero falar com você que está tentando ler partitura e está travado, ou você que tem esse sonho mas desistiu no meio do caminho. Acredito que depois do nosso bate-papo de hoje você enxergará uma luz no fim do túnel. Pode apostar!

Não sei se isso já aconteceu com você, mas o que eu vejo acontecer muito quando alguém vai ler uma partitura é ficar pensando: “que nota é essa?”, ou “onde eu toco essa nota no meu instrumento?”- esta é a principal preocupação! E essas duas preocupações são muito simples e muito inocentes.

Você não deve descobrir somente o nome da nota que está grafada na partitura, você deve entender além, saber qual é a sua altura musical. E mais além ainda, não se deve olhar a nota, sem ter uma referência interna sobre a organização dela no tempo/espaço – dada pela fórmula de compasso. Você vai ler a nota amarrada ao ritmo que ela tem naquela partitura. Senão não vai adiantar nada você ler, descobrir o nome da nota e não entender nada do ritmo. O segredo é amarrar a leitura da altura musical com o ritmo para conseguir entender bem aquela nota. Esse é o alicerce, o que dá chão às partituras.

Agora quero te conduzir a enxergar algo que está mais além ainda. Não se deve também olhar as notas sem saber a tonalidade à qual ela está submetida – porque é a tonalidade que traz a referência interna, sonora, assim como a memória tátil motor, de movimento muscular para o deslocamento no instrumento. Quando você entende a tonalidade, você transporta esse entendimento para o seu instrumento, e sua mão saberá quais os movimentos que ela precisa fazer para executar essas notas, ou seja, você nem precisa olhar para o instrumento enquanto lê a música. Suas mãos sabem percorrer o instrumento, e tirar o som daquela escrita. Se você estuda escalas, por exemplo, você consegue tal domínio tátil motor do instrumento, porque nosso corpo cria automatismos para executar as notas escritas na partitura, por meio de exercícios como as escalas. Assim, ler uma partitura e reproduzir o que você leu no seu instrumento, se torna um processo muito mais fácil. 

Resumindo: o essencial para conseguir ler com fluência uma partitura é ter referências internas da organização e dos padrões musicais que estão dando corpo para a informação musical que vem escrita na partitura. Ler uma partitura de verdade e com tranquilidade, exige que você aumente seu conhecimento musical.

Podemos comparar com a leitura de palavras. Para aprender a ler, você não aprendeu simplesmente o alfabeto, você aprendeu grupos de palavras, pequenas sílabas, que depois se repetem nas palavras, por mais difíceis que sejam. Entende? Na música é assim também, ler as notas na pauta com as claves musicais, é o passo inicial, assim como conhecer as letras do alfabeto. Mas para ler com fluência, não basta parar nessa fase inicial do aprendizado (nem no aprendizado musical, nem para ler um livro). Depois que você já conhece os padrões das palavras, você não lê mais letra por letra. E depois que você já conhece os padrões musicais, você também não lê simplesmente a nota na clave, você lê muito além, enxerga e compreende muito mais além, e lê com muito mais fluência.

Espero que essas dicas rápidas te ajudem a enxergar o porque muitas pessoas não conseguem ler partitura ou porque não conseguem ler bem uma partitura. E se isso também acontece com você, indico uma aula que fiz, e expliquei passo-a-passo esse tema. Se quiser, fique à vontade para ver e depois me deixar sua opinião por lá! 

Até uma próxima!

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Daiany Dezembro

Pianista, cantora e educadora musical
especialista em iniciação e desenvolvimento musical

Olá, meu nome é Daiany Dezembro. Eu sou criadora do Canal Posso Tocar e hoje eu ajudo as pessoas à destravarem na música, sem sofrer para ler partitura, tirar música de ouvido e dominar a harmonia musical!

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