Olá! Daiany por aqui! Tudo bem com você?

Hoje eu quero conversar sobre um assunto muito comum entre nós músicos e estudantes de música: sabe quando começamos a aprender um instrumento, com aquele gás todo, super motivados, e depois de algum tempo, chega o desânimo? Pois é. Começamos a sentir que não rende tanto, que fica difícil, que parece chato… enfim, você se identifica com isso? Posso afirmar que quase todo mundo já passou por essa situação em algum momento. E a questão é: por que acontece isso? Por que desanimamos tão facilmente dos planos e organizações de estudo musical que estávamos tão empolgados, e com tanta disposição inicial? Por que nem sempre conseguimos cumprir nossas metas de disciplina e de prática musical? Isso é tão recorrente que vale a pena refletirmos a respeito.

Você sabia que a força de vontade não é o melhor caminho para continuar motivado nos estudos musicais?

Porque é exatamente isso que acontece. Quando começamos a aprender música, tudo é novo, e facilmente saímos “do zero”, do não saber nada, pra começar a coordenar, aos poucos, tudo o que está envolvido no processo – ritmo, memória motora, sonoridade, dentre outros. Então, percebemos que a nossa curva de aprendizado segue um caminho crescente satisfatório. Porém, assim que saímos desse ponto inicial, a necessidade de refinamento começa a nos acompanhar, e é aí que a curva do aprendizado diminui seu ângulo de crescimento, porque precisamos nos concentrar em cada vez mais detalhes, cada vez mais correções, e essa exigência múltipla, quando só é alimentada pela motivação que carregamos (de sermos capazes de tocar), começa a ser impactada – simplesmente porque estávamos com um foco errado, não aprendemos a ter metas específicas e mais palpáveis a curto prazo, e sim estávamos em busca de aprender logo aquela música. Simples assim. Simples, mas complexo, porque esse olhar torna o processo chato. E quanto mais você usa a sua força de vontade, para permanecer na decisão de continuar estudando e praticando, que uma hora vai dar certo… mais ela se esgota.  Você sabia disso? Parece até um contrassenso. Mas é verdade.

O que vai te fazer evoluir não é apenas uma força motivacional, mas estratégias bem pensadas e colocadas em prática, onde fique visível seus constantes progressos. E não se esqueça, os grandes progressos são a somatória de uma pequena melhoria diária.

É preciso aprender a como estabelecer uma rotina proveitosa de estudo musical, onde você realmente consiga mensurar seus progressos, tornando-os visíveis e eu diria até, “palpáveis”. Não basta apenas ter consciência sobre a importância de praticar diariamente, porque mesmo sabendo que precisamos estudar, e mesmo querendo estudar, nem sempre o fazemos. E isso não acontece apenas no meio musical. Por exemplo, temos consciência que precisamos fazer exercícios físicos, nos alimentar bem e cuidar da nossa saúde, mas nem sempre fazemos isso. O fato de sabermos que precisamos fazer algo, nem sempre é suficiente para nos motivar a agir na direção deste algo. Aristóteles disse: “para sermos excelentes, não podemos simplesmente pensar com excelência, ou nos sentir excelentes, precisamos agir com excelência”.

Espero que essas reflexões possam te ajudar de alguma maneira e se você quiser sugestões de estratégias de estudo, fique ligado nos próximos textos que falarei mais sobre isso. Além disso, na videoaula a seguir, também tem algumas dicas para você:

Conte comigo, muita música para você e bons estudos musicais!