Olá!! Daiany chegando por aqui!!
Faz um tempo que não nos falamos né. Mas, eu apareci e hoje estou escrevendo para falar sobre um assunto muito pedido no canal: DESENVOLVER UM BOM RITMO.
Se você me acompanha nas minhas redes sociais, pode ser que esse tema também seja uma problemática para você. Por isso, vamos refletir hoje porque a rítmica é um problema entre muitos músicos e como isso traz inconsistência e insegurança – pra ler, pra tocar, pra solar, para acompanhar uma banda, pra escrever uma partitura, pra improvisar… A deficiência rítmica pode comprometer inclusive a sua técnica instrumental, te impedindo de desenvolver virtuosidade.
Mas porque o ritmo é um ponto tão importante e tão negligenciado no aprendizado musical?
Porque o ritmo é um dos três elementos formadores da música – ao lado da melodia, e harmonia. Mas se o ritmo não estiver bem sedimentado, as outras camadas não se firmam. Esse é o pilar principal. O ritmo é a primeira camada sobre a qual se assenta o discurso musical.
Por isso você talvez se pergunte: como melhorar a educação rítmica? É preciso educar o seu corpo para você controlar movimentos e impulsos. Treinar o corpo é fundamental.
Vamos refletir um pouco: Como geralmente as pessoas estudam e aprendem o ritmo? Por um viés mecânico, de um jeito cerebral, de um jeito teórico – não vivenciado. Essa maneira de aprender não está certa, porque dessa forma, o conceito rítmico não se incorpora, o ritmo entra apenas na sua cabeça e não no seu corpo e, na hora da prática, não soa porque não está internalizado, isso não traz uma correspondência sonora com o corpo.
Já ouviu falar de Dalcroze (1865-1950), compositor e pedagogo musical, nascido em Viena, na Áustria? Ele dizia que “Não ouvimos a música só com nossos ouvidos. Ela ressoa em nosso corpo inteiro, no cérebro e no coração”. Muito bonitas e verdadeiras essas palavras não é mesmo?
Segundo ele, os alunos recebiam um precário preparo auditivo e por isso não conseguiam identificar o som dos acordes que escreviam nas aulas. Ele acreditava que havia uma falha no método convencional de ensino: o de centrar o conhecimento na mente do aluno, quando o cérebro e o corpo são desenvolvidos paralelamente e um está constantemente a comunicar as suas impressões e sensações ao outro. Sensível às transformações que ocorriam no campo das artes, ele não se conformava com a maneira mecânica e estéril com que seus alunos aprendiam música. Assim, passou a propor exercícios que fizessem com que o aprendizado passasse pela experiência corporal. Seu sistema de educação musical é conhecido como “Rythmique” (Rítmica), cujo objetivo é criar, através do ritmo, uma corrente de comunicação rápida, regular e constante entre o cérebro e o corpo, transformando o sentido rítmico numa experiência corporal e física.
Por aí você vê que não sou apenas eu que defendo que “teoria pela pura teoria de nada adianta”. Para vivenciar o ritmo é preciso entender (incorporar):
- Noção de pulso,
- Organização de notas dentro deste pulso (independente da figura que seja),
- Organização de células rítmicas, obedecendo às fórmulas de compasso,
- Independente da fórmula de compasso – o princípio é o mesmo,
- Sentir com o corpo a distribuição destas notas, compasso a compasso – formando as frases, e sustentando a ideia melódica.
Ler com fluência só é possível quando temos uma compreensão – do micro para o macro – e quando ensinamos o nosso próprio corpo a ter respostas automatizadas para isso. Mas não se esqueça: seu corpo vai incorporar esse conceito gradativamente, passo a passo, seu corpo não vai aprender tudo isso de uma hora para outra.
RESUMINDO: O que não podemos fazer?
- Não vivenciar a música, passo a passo, de forma gradativa e construtiva, estudar apenas no papel, de maneira teórica.
- Não ensinar nosso corpo a ouvir e organizar estas relações controladas de movimentação.
Porque, do contrário seu ritmo não vai melhorar, seu pulso não vai firmar, sua leitura não vai fluir, sua segurança não vai aumentar.
Por isso, eu fiz uma videoaula onde te ajudo a entender o caminho que você deve seguir se você quiser aprimorar o seu ritmo. Nessa aula eu expliquei na minha lousa tudo o que te escrevi, e dei vários exemplos práticos que podem te ajudar, inclusive com vários exemplos em diferentes compassos, com diferentes fórmulas de compassos.
Vou deixar o link dessa videoaula logo abaixo, espero que você goste do que eu falei lá e que possa te ajudar de alguma maneira tá? Depois me conta!
Gostou? Era isso que eu queria dividir com você hoje!! Porque o primeiro passo para evoluir na música, é entender o que estamos fazendo errado e mudar nossa maneira de estudar gradativamente. Pense por aí e você vai melhorar muito no seu ritmo, viu?
Você é capaz de destravar na música, eu tenho certeza!! Conte comigo E não deixe de me escrever se algo não ficou claro para você ou se você tiver mais sugestões de temas!!
Muita música para você e até a próxima!!