Olá, Daiany por aqui! Como está indo o seu progresso na música?
Se você já me acompanha há algum tempo sabe o quanto eu levanto a bandeira do “avanço na música”, do sair do lugar, do desenvolver seu talento musical, não é?
Pois se no seu caso nada disso está acontecendo, saiba que é justamente com você que eu quero conversar, com você que está travado e não consegue avançar. Quero te ajudar a entender melhor porque isso acontece, e como você pode resolver isso.
Bem, primeiro tudo aprenda o seguinte: existe uma diferença entre estar empacado(a) em uma música específica, que você está tentando aprender, e estar empacado(a) no aprendizado musical como um todo. Qual é a sua situação? Você precisa ter clareza sobre isso, porque somente assim você vai começar a cuidar de pontos mais específicos também. Aliás, eu preciso já te prevenir que é a frequência constante da primeira situação que desencadeia a segunda. Sim, e é por isso que o nosso estudo musical merece nossa atenção constante. Nosso talento musical floresce mediante a forma como estudamos música a música, em cada dia.
Por isso, quando você trava durante seu estudo musical, você deve parar de tocar. Não adianta começar a repetir (loucamente) na esperança que uma hora sua mão vai conseguir fazer. Não funciona assim, e esta é uma estratégia de estudo muito pouco produtiva (na maioria das vezes só te faz solidificar vícios). Pare, reflita, fora do seu instrumento, faça uma análise da sua dificuldade (pense porque está tão difícil?). É mais ou menos assim, você deve olhar para aquele trecho que você travou e se fazer duas perguntas:
- (1) O que está me impedindo de tocar esse trecho é uma dificuldade com a questão técnica instrumental? Não sei como fazer pra tirar este som no instrumento?
Ou…
- (2) É uma dificuldade musical? Não sei como resolver estes elementos musicais aqui, não sei como deveria estar soando porque eu não entendo isso (um exemplo – o ritmo, os ornamentos, a harmonia…)
Se a dificuldade for instrumental, é preciso parar aquela música e cuidar disso, até mesmo fora daquele repertório (com outros exercícios técnicos, buscando a ajuda do seu professor, se possível). Talvez você tenha que praticar exercícios técnicos específicos por alguns dias para que eles te ajudem a conseguir tocar aquele trecho que te fez travar… Talvez você precise memorizar passagens para conseguir executar determinado trecho da música, que pelo nível de dificuldade, não deixa você ler a partitura enquanto toca, ou talvez você precise ganhar mais automatismo com o instrumento – sem precisar “pensar” tanto para fazer… Talvez você tenha que estudar fazendo variações rítmicas porque isso nos faz prestar atenção na parte técnica, na forma de condução dos movimentos que você tem que fazer em determinada música, e isso possibilitará que você prepare a memória muscular, entende? Todos estão são alguns exemplos de como precisamos fortalecer nossa coordenação e dissociação muscular para conseguir ir além e executar aquele trecho – e isso não aconteceria, mesmo que você repetisse 1000 vezes, se você não tivesse buscado este suporte de outras práticas.
Por outro lado, se sua dificuldade for musical, é preciso também cuidar disso fora do instrumento e nutrir o seu conhecimento musical no seu corpo, educando o corpo para como aquilo deveria estar soando. Ao parar e começar a buscar as respostas (corporais, por meio do solfejo, ou da prática polirrítmica, só para citar alguns exemplos) daqueles elementos ali que são difíceis para você, quando você voltar a tocar, você saberá como aquilo que te travou deverá soar e por ter automatismos no seu corpo, agora você conseguirá passar isso para sua execução no seu instrumento.
Talvez você possa estudar associando letras, frases, que você mesmo pode criar e cantar, porque o simples fato de você incorporar a musicalidade por meio de uma letra faz com que na hora que você vá tocar, você consiga executar essa frase no seu instrumento de maneira muito musical, com movimento, com impulso. Para você entender melhor o que eu estou querendo te dizer, eu dei um exemplo prático numa video aula que gravei, e ali eu peguei uma partitura, e simulei algumas dificuldades técnicas que poderiam surgir e mostrei como resolvê-las. Também simulei dificuldades musicais, e simulei como resolvê-las. É claro que cada aluno é um aluno, e pode ser que a sua dificuldade não seja igual à de outra pessoa, mas dei vários exemplos no vídeo e acredito que poderá te ajudar de alguma maneira, se você passar por isso.
Por isso, não deixe de ver o vídeo que vou deixar o link aqui para você logo abaixo e mande para algum amigo(a) que passa por isso também. Depois me conta o que achou tá?
E, olha, por mais que você tenha um conhecimento vasto de música e uma técnica bem formada no seu instrumento, as dificuldades aparecerão, isso é normal. Mas o mais importante é a maneira que você lida e passa por elas, e a partir daí constrói um aprendizado. Lembre-se que não adianta ficar só tocando do começo ao fim, porque senão você fica num estudo cíclico sem evolução, o que eu chamo de “estudo papagaio”. Eu quero te ver evoluir na música, quero te ver tocando cada vez melhor! Por isso, cuide melhor do seu estudo diário. Isso é o que eu desejo para você.
Por hoje é só! Até a próxima hein!